terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A Margarida!

A Margarida é a princesa da família!
Nasceu num campo de golfe e foi-me oferecida pelo meu "chatinho" quando ainda era bebé.
É assim a coisa mais fofa que podem imaginar.
Surda que nem um portão. Não ofendendo os portões!
É completamente branca, e tem um olho de cada côr: um verde e um azul.
É um verdadeiro traste.
Uma "Cabra do Mato", como eu lhe costumo chamar carinhosamente.
Também é muito meiguinha. Adoptou-me como mãe e eu adoptei-a no meu coração.
A Maggie é parte integrante da família.
E muito mimada! Mesmo muito!
Há cá em casa quem a deixe fazer tudo o que ela quer.
Quem se levante do computador para a ir escovar, dar-lhe biscoitos, brincar com ela.
Quem a deixe subrepticiamente entrar no quarto à noite e saltar para cima da cama: "ela escapou-se".
Pois claro.
Às vezes ficamos verdadeiramente espantados com ela. Muito esperta, sabe bem o que quer e como o conseguir.
E se quiser colo, ninguém a demove. Até é capaz de atacar revistas, livros ou seja o que for que se interponha entre ela e o colinho escolhido para a sestinha da praxe.
Agora estou a trabalhar em casa e a usar o escritório onde costumava trabalhar o meu... já sabem, não é preciso dizer.
A Maggie passa o dia deitada ao pé de mim e de vez em quando faz umas tangentes às minhas pernas, que é como quem diz - roça-se violentamente à procura de mimo.
Arranjei para aqui um aquecedor e ela decidiu adoptá-lo, afinal se dá luz (é daqueles de barrinhas, estão a ver?), dá calor.
Então todas as manhãs temos um novo ritual: Eu chego, sento-me, começo a trabalhar e ela chega logo a seguir e faz aquele ruidinho que não é bem um miado, mas mais um gemidinho de queixume, muito fofinho a pedir para ligar o seu aquecedor.
Pus-lhe uma mantinha no chão e ela passa os dias a virar-se para um lado e para o outro nas posições mais estranhas que possam imaginar e dorme, dorme, dorme...
Eu sei que é só uma gata, mas a verdade é que ela faz imensa companhia.
Tenho quase a certeza que ela sabe sempre quando estou triste, cansada, aborrecida ou feliz, bem disposta e cheia de energia.
A Margarida é assim como a minha terceira filha e não consigo imaginar o meu núcleo sem ela, sem os pêlos por todo o lado, sem as suas patinhas cor-de-rosa a derraparem no chão cá de casa.
Quando as miúdas saem aninhamo-nos as duas no sofá, com a "Polónia" (eu depois explico), e adormecemos as duas muito aconchegadas e consoladas.
No meio deste ano terrível que nunca mais acaba e que tem sido um verdadeiro desenrolar de coisas más, a Margarida nunca falha.
Eu acordo, ela aparece na cozinha...
Eu começo a trabalhar, ela pede para ligar o aquecedor...
Eu estou triste, ela pede festas...
Eu faço bolos, ela lambe as tigelas...
Eu vou ao frigorifico, ela pede leite...
Eu meto-me com ela, ela arranha-me...
Eu adoro-o e aposto que se ela soubesse falar dizia o mesmo a meu respeito...

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