Este país é um colosso. Tá tudo grosso! Tá tudo grosso! Anda tudo a fazer pouco... da gente!!!
Lembram-se?
Era um dos sketchs feitos pela Ivone Silva e penso que pelo Camilo de Oliveira num daqueles programas da RTP 1 e continua tão atual como sempre.
Com uma diferença - os portugueses aprenderam a queixar-se, a choramingar, a fazerem-se de coitadinhos, desgradaçadinhos, VITIMAS...
É que já não há paciência. Eu sei que as coisas estão péssimas, senti-o na pele, no negócio que achei que ia ser o meu salto para outro nível, sinto-o todos os dias quando vejo os preços a subir mais rápido que os balões de ar quente. Mas daí até andar toda a gente com cara de "todos me devem e ninguém me paga", vai uma senhora distância. Os portugueses têm que começar a olhar um bocadinho mais além do próprio umbigo, a ser menos egoistas e sobretudo a pararem com a história da desgradaçadinha.
BOLAS. O fado foi promovido a Património da Humanidade, mas isso não quer dizer que façamos da lamentação o nosso lema colectivo. Abstenham-se, se faz favor. Já chega de vitimismo (não sei se esta palavra existe, mas é óptima para este caso), comecem a levantar a cabeça e a mostrar algum orgulho.
CARAÇAS! Mas nós somos descendentes de Vasco da Gama ou do Rato Mickey?
E que tal pararem de se queixar e começarem a procurar o que fazer? Ok, eu concordo, os empregos estão difíceis, mas ainda há trabalho...
Às vezes dá-me uma vontade de abrir a boca e começar a insultar determinado tipo de gente. A sério!!!???
É mesmo necessário andar toda a gente mal disposta e com cara de cú? Não podemos seguir o exemplo dos brasileiros? Hoje tem arroz, amanhã a gente vê... Vá lá, vamos começar a pensar que já vivemos muito pior.
Quando eu era miúda a televisão tinha dois canais e os dois eram a preto e branco. E não havia cá comandos. Levantávamos o rabinho do sofá (mais cadeiras, mas pronto) e mudávamos de canal no botãozinho da televisão - uma maneira de fazer exercício.
Compravam-se coisas como bolachas, chocolates e afins quando o rei fazia anos e não todos os dias.
Almoçava-se fora em dias de festa e não sempre que não nos apetece cozinhar.
Compravam-se sapatos quando se precisava deles e não porque são giros, baratos e toda a gente tem.
E a roupa seguia pelo mesmo caminho...
E os presentes de Natal eram aguardados com muita expectativa, porque eram mesmo necessários, e não superficiais como são agora.
Francamente, acho que mesmo as pessoas mais velhas parece que já se esqueceram do que era a vida antigamente, sem as tretas e as manias que hoje temos. Sem luxos, sem consumismos...
É urgente que os portugueses comecem a fazer contas à vida e percebam que nem toda a gente pode gastar o mesmo só porque o vizinho gasta, ou ter o que o vizinho tem, ou ir de férias para os mesmos sítios, ou comprar as mesmas roupas, sapatos, carros, mobílias, etc.
Perderam-se tantos valores...
Já não se aproveita, fica tudo escandalizado com a palavra aproveitar. Que eu saiba o desperdício é que é mau. Sempre me ensinaram desde pequenina que no aproveitar é que está o ganho...
Pois eu ainda me lembro e por isso aproveito o que posso, em termos de comida, roupa, etc. Não vejo mal nenhum nisso. Aproveito as promoções, os cupões e os talões e as aproximações do fim de validade e cozinho e congelo e reciclo e quem não gosta temos pena. A vida não está para brincadeiras e antes aproveitar do que faltar comida na mesa.
Esta mania das grandezas que atingiu os portugueses vai ter que acabar. A bem ou a mal e o mais certo é ser a mal.
Eu por mim já comecei a fazer as minhas conservas e compotas, os meus rissóis, pasteis e croquetes, para as emergências. E quem não sabe acho melhor começar a pensar em aprender, que as empregadas domésticas também devem ter tendência a acabar. São um luxo, como tantos outros.
Conheço pessoas que nem trabalham, estão em casa e têm uma empregada porque "não tenho jeito para cozinhar, não sei passar a ferro, não gosto muito destas coisas da casa". Tenham dó!
Toda a gente sabe, só é preciso querer... E o problema é que as pessoas não querem. Acomodaram-se, estão bem assim.
Estou mesmo sem paciência para estas tretas.
Como diz a outra: "Cresçam e apareçam!"
E rápido, se faz favor!!!
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Já tou farta de tanta crise e de tanta choraminguice...
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Perdi um amigo
Um membro da familia!
A minha familia hoje ficou mais pequena. Perdemos um dos nossos membros mais queridos.
O Trovão, o nosso Serra da Estrela despediu-se hoje de uma vida longa para um cão, mas pequena para o carinho que todos tínhamos por ele.
O Trovão era quase cachorro quando eu o conheci. enorme, como convém a um Serra da Estrela teve sempre um cuidado especial no contacto com a minha filha mais nova. Ela sabia que era mais pequenina, mais frágil.
Por isso, sempre que a pequena se aproximava dele, deitava-se e abanava o rabo à espera de festas. E punha a sua pata com muito cuidado na mãozita dela. A pata dele era maior que a mão da minha filha e ela sempre adorou aquele momento dos dois.
Quando eu saia de casa mais cedo que todos, o Trovão dizia-me sempre bom dia. em linguagem de cão, claro, mas dizia.
Teve uma vida longa e sofrida. Tinha uma otite quase crónica. Lembro-me de um Inverno em que tomou imenso antibiótico, o que era sempre uma "tourada".
Eu chegava com o comprimido muito bem "disfarçado" no meio de fiambre, carne ou qualquer outro petisco e estendia-lhe a mão.
Um cão muito esperto, é o que vos digo - apanhava o petisco, cuspia o comprimido e comia o resto.
Eu punha a minha cara de mãe mais séria e ralhava-lhe:
- Trovão! Sabes que estás doente. Tens que tomar o comprimido. Ai o menino...
Ele olhava para mim, com uns enormes olhos castanhos e tenho a certeza que a maior parte das vezes se estava a rir do meu desespero. Eu pegava no comprimido, punha na palma da mão e volta a estendê-lo.
Acreditem ou não, ele comia-o.
Comia mesmo.
Tenho a certeza que ele sabia que precisava daquilo para ficar melhor e por isso rendia-se. Mas primeiro gostava de gozar comigo. E eu deixava.
Vou ter muitas saudades tuas Trovão. Vais fazer muita falta na nossa vida.
Agora que podes finalmente descansar em paz, acredita que ninguém jamais te vai esquecer.
Adeus Trovão.
O Trovão, o nosso Serra da Estrela despediu-se hoje de uma vida longa para um cão, mas pequena para o carinho que todos tínhamos por ele.
O Trovão era quase cachorro quando eu o conheci. enorme, como convém a um Serra da Estrela teve sempre um cuidado especial no contacto com a minha filha mais nova. Ela sabia que era mais pequenina, mais frágil.
Por isso, sempre que a pequena se aproximava dele, deitava-se e abanava o rabo à espera de festas. E punha a sua pata com muito cuidado na mãozita dela. A pata dele era maior que a mão da minha filha e ela sempre adorou aquele momento dos dois.
Quando eu saia de casa mais cedo que todos, o Trovão dizia-me sempre bom dia. em linguagem de cão, claro, mas dizia.
Teve uma vida longa e sofrida. Tinha uma otite quase crónica. Lembro-me de um Inverno em que tomou imenso antibiótico, o que era sempre uma "tourada".
Eu chegava com o comprimido muito bem "disfarçado" no meio de fiambre, carne ou qualquer outro petisco e estendia-lhe a mão.
Um cão muito esperto, é o que vos digo - apanhava o petisco, cuspia o comprimido e comia o resto.
Eu punha a minha cara de mãe mais séria e ralhava-lhe:
- Trovão! Sabes que estás doente. Tens que tomar o comprimido. Ai o menino...
Ele olhava para mim, com uns enormes olhos castanhos e tenho a certeza que a maior parte das vezes se estava a rir do meu desespero. Eu pegava no comprimido, punha na palma da mão e volta a estendê-lo.
Acreditem ou não, ele comia-o.
Comia mesmo.
Tenho a certeza que ele sabia que precisava daquilo para ficar melhor e por isso rendia-se. Mas primeiro gostava de gozar comigo. E eu deixava.
Vou ter muitas saudades tuas Trovão. Vais fazer muita falta na nossa vida.
Agora que podes finalmente descansar em paz, acredita que ninguém jamais te vai esquecer.
Adeus Trovão.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
A Margarida!
A Margarida é a princesa da família!
Nasceu num campo de golfe e foi-me oferecida pelo meu "chatinho" quando ainda era bebé.
É assim a coisa mais fofa que podem imaginar.
Surda que nem um portão. Não ofendendo os portões!
É completamente branca, e tem um olho de cada côr: um verde e um azul.
É um verdadeiro traste.
Uma "Cabra do Mato", como eu lhe costumo chamar carinhosamente.
Também é muito meiguinha. Adoptou-me como mãe e eu adoptei-a no meu coração.
A Maggie é parte integrante da família.
E muito mimada! Mesmo muito!
Há cá em casa quem a deixe fazer tudo o que ela quer.
Quem se levante do computador para a ir escovar, dar-lhe biscoitos, brincar com ela.
Quem a deixe subrepticiamente entrar no quarto à noite e saltar para cima da cama: "ela escapou-se".
Pois claro.
Às vezes ficamos verdadeiramente espantados com ela. Muito esperta, sabe bem o que quer e como o conseguir.
E se quiser colo, ninguém a demove. Até é capaz de atacar revistas, livros ou seja o que for que se interponha entre ela e o colinho escolhido para a sestinha da praxe.
Agora estou a trabalhar em casa e a usar o escritório onde costumava trabalhar o meu... já sabem, não é preciso dizer.
A Maggie passa o dia deitada ao pé de mim e de vez em quando faz umas tangentes às minhas pernas, que é como quem diz - roça-se violentamente à procura de mimo.
Arranjei para aqui um aquecedor e ela decidiu adoptá-lo, afinal se dá luz (é daqueles de barrinhas, estão a ver?), dá calor.
Então todas as manhãs temos um novo ritual: Eu chego, sento-me, começo a trabalhar e ela chega logo a seguir e faz aquele ruidinho que não é bem um miado, mas mais um gemidinho de queixume, muito fofinho a pedir para ligar o seu aquecedor.
Pus-lhe uma mantinha no chão e ela passa os dias a virar-se para um lado e para o outro nas posições mais estranhas que possam imaginar e dorme, dorme, dorme...
Eu sei que é só uma gata, mas a verdade é que ela faz imensa companhia.
Tenho quase a certeza que ela sabe sempre quando estou triste, cansada, aborrecida ou feliz, bem disposta e cheia de energia.
A Margarida é assim como a minha terceira filha e não consigo imaginar o meu núcleo sem ela, sem os pêlos por todo o lado, sem as suas patinhas cor-de-rosa a derraparem no chão cá de casa.
Quando as miúdas saem aninhamo-nos as duas no sofá, com a "Polónia" (eu depois explico), e adormecemos as duas muito aconchegadas e consoladas.
No meio deste ano terrível que nunca mais acaba e que tem sido um verdadeiro desenrolar de coisas más, a Margarida nunca falha.
Eu acordo, ela aparece na cozinha...
Eu começo a trabalhar, ela pede para ligar o aquecedor...
Eu estou triste, ela pede festas...
Eu faço bolos, ela lambe as tigelas...
Eu vou ao frigorifico, ela pede leite...
Eu meto-me com ela, ela arranha-me...
Eu adoro-o e aposto que se ela soubesse falar dizia o mesmo a meu respeito...
Nasceu num campo de golfe e foi-me oferecida pelo meu "chatinho" quando ainda era bebé.
É assim a coisa mais fofa que podem imaginar.
Surda que nem um portão. Não ofendendo os portões!
É completamente branca, e tem um olho de cada côr: um verde e um azul.
É um verdadeiro traste.
Uma "Cabra do Mato", como eu lhe costumo chamar carinhosamente.
Também é muito meiguinha. Adoptou-me como mãe e eu adoptei-a no meu coração.
A Maggie é parte integrante da família.
E muito mimada! Mesmo muito!
Há cá em casa quem a deixe fazer tudo o que ela quer.
Quem se levante do computador para a ir escovar, dar-lhe biscoitos, brincar com ela.
Quem a deixe subrepticiamente entrar no quarto à noite e saltar para cima da cama: "ela escapou-se".
Pois claro.
Às vezes ficamos verdadeiramente espantados com ela. Muito esperta, sabe bem o que quer e como o conseguir.
E se quiser colo, ninguém a demove. Até é capaz de atacar revistas, livros ou seja o que for que se interponha entre ela e o colinho escolhido para a sestinha da praxe.
Agora estou a trabalhar em casa e a usar o escritório onde costumava trabalhar o meu... já sabem, não é preciso dizer.
A Maggie passa o dia deitada ao pé de mim e de vez em quando faz umas tangentes às minhas pernas, que é como quem diz - roça-se violentamente à procura de mimo.
Arranjei para aqui um aquecedor e ela decidiu adoptá-lo, afinal se dá luz (é daqueles de barrinhas, estão a ver?), dá calor.
Então todas as manhãs temos um novo ritual: Eu chego, sento-me, começo a trabalhar e ela chega logo a seguir e faz aquele ruidinho que não é bem um miado, mas mais um gemidinho de queixume, muito fofinho a pedir para ligar o seu aquecedor.
Pus-lhe uma mantinha no chão e ela passa os dias a virar-se para um lado e para o outro nas posições mais estranhas que possam imaginar e dorme, dorme, dorme...
Eu sei que é só uma gata, mas a verdade é que ela faz imensa companhia.
Tenho quase a certeza que ela sabe sempre quando estou triste, cansada, aborrecida ou feliz, bem disposta e cheia de energia.
A Margarida é assim como a minha terceira filha e não consigo imaginar o meu núcleo sem ela, sem os pêlos por todo o lado, sem as suas patinhas cor-de-rosa a derraparem no chão cá de casa.
Quando as miúdas saem aninhamo-nos as duas no sofá, com a "Polónia" (eu depois explico), e adormecemos as duas muito aconchegadas e consoladas.
No meio deste ano terrível que nunca mais acaba e que tem sido um verdadeiro desenrolar de coisas más, a Margarida nunca falha.
Eu acordo, ela aparece na cozinha...
Eu começo a trabalhar, ela pede para ligar o aquecedor...
Eu estou triste, ela pede festas...
Eu faço bolos, ela lambe as tigelas...
Eu vou ao frigorifico, ela pede leite...
Eu meto-me com ela, ela arranha-me...
Eu adoro-o e aposto que se ela soubesse falar dizia o mesmo a meu respeito...
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